Que memória construir das ações tenebrosas dos governos militares? Como lembrar sem produzir a terrível ilusão de que esses eventos traumáticos são apenas coisas do passado, ou que as vítimas atuais, pobres e mareginalizados, não merecem reparação? Eis as dificuldades de definir uma memória que necessina, antes de mais nada, lembrar que os pesadelos que se quer conjurar ainda assombram o presente.